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Açúcar

APROVEITANDO A ONDA
26/06/2010

O mercado de açúcar em NY fechou a semana com expressiva alta no primeiro vencimento (julho de 2010), somando quase 36 dólares por tonelada, seguido de variações positivas entre 4 e 22 dólares por tonelada nos demais meses. A forma da curva mudou, mostrando uma preocupação maior nos vencimentos mais curtos. Talvez o mercado já esteja antecipando o que foi mencionado várias vezes nesse espaço nas semanas anteriores, ou seja, o quadro que se desenha de consumo e produção no Brasil não vai deixar espaço para o chamado estoque de passagem para a safra 2010/2011 e os preços, principalmente do etanol e do açúcar no mercado interno vão apreciar quando nos aproximarmos do final do ano.

Enquanto isso, a seqüência de embarques de açúcar programados alcança o nível de 3,3 milhões de toneladas para junho. Alguém errou feio quando pensou em arrefecimento da demanda. Paquistão, por exemplo, deve comprar 200.000 toneladas em julho e igual quantidade para agosto. O spread Julho/Outubro subiu 15 dólares por tonelada na semana mostrando que o mercado físico está aquecido.

Produtores brasileiros continuam a aproveitar a onda de melhores preços para fixar suas vendas. A estimativa da Archer Consulting, depois de um pequeno ajuste no modelo, é que o total de fixações por parte dos produtores está entre 14 e 17,6 milhões de toneladas. Numa base de exportação estimada em 25 milhões de toneladas, estamos dizendo que o mercado está fixado entre 56% e 70%, com média de preços de 20,33 centavos de dólar por libra-peso.

Junho tem sido até agora um excelente mês para os altistas. Em 19 pregões, 15 terminaram em alta. A volatilidade histórica despencou de 51,6% no começo do mês para 39,3% agora, com o mercado variando pouco mais de 350 pontos entre a mínima e a máxima.

O volume total de exportação de açúcar no Brasil nos últimos 12 meses (de junho de 2009 até maio de 2010) é de 24,1 milhões de toneladas, 10,5% mais do que o mesmo período do ano passado. Com o etanol, as exportações dos últimos 12 meses somam 2,7 bilhões de litros, uma queda de 40,8%, comparadas com o mesmo período do ano passado.

Alguns traders trabalham com exportação de açúcar esse ano para 26 milhões de toneladas. Se isso ocorrer vai haver um estoque de passagem negativo para a próxima safra, um eufemismo para se dizer que vai faltar cana para etanol ou açúcar no final do ano.

O total de contratos futuros em aberto na bolsa de NY despenca a olhos vistos. Fechamos a semana com 580.000 contratos apenas, número que foi visto pela última vez em janeiro de 2007. Essa diminuição ganha maior peso se compararmos o volume de exportação do Brasil naquela época com o volume de hoje (19,7 contra 24,2 milhões de toneladas), além de francamente termos hoje um grande volume negociado no mercado interno que usa NY como balizador de preço (algo em torno de 4-5 milhões de toneladas de açúcar). Isso posto, a redução desse volume pode ser explicada por alguns fatores: a) a diminuição de atividade por parte dos fundos; b) a saída ou enxugamento de posição de algum grande player; c) aumento de atividade de NDF (operações de fixação oferecidas por instituições financeiras, liquidadas financeiramente) que pode ter tirado parcialmente o volume de hedge; d) falta de linhas para margens.

O contrato de etanol da BM&F Bovespa está indo melhor que a encomenda. Quase 700 contratos em aberto nos futuros e 380 nas opções. O foco é outubro que negocia perto de R$ 850,00. Fique de olho, pois oportunidades aparecem.

Enquanto isso, em Washington DC, após doze meses de longa discussão sobre vários aspectos, os congressistas chegam a um acordo sobre as novas regras do mercado financeiro que vão colocar fortes amarras nos bancos americanos, proibindo às tesourarias de fazer apostas arriscadas no mercado de derivativos. No popular, é o seguinte: alguns bancos terão que se desfazer de suas divisões conhecidas como mesa de posições proprietárias que consistem em fazer apostas no mercado de derivativos com o dinheiro da empresa. Segundo o Wall Street Journal, os bancos terão que criar filiais capitalizadas separadamente para a negociação de derivativos percebidos como mais arriscados (pelos legisladores), incluindo metais, energia e commodities agrícolas, entre outras coisas. O CFTC, órgão que regula o mercado futuro de commodities nos EUA, também teria novas competências no âmbito da nova legislação, que iria tentar e forçar uma maior transparência para os reguladores e participantes do mercado. A votação nas duas casas ocorre na semana que vem. Os cinco maiores bancos americanos tiveram lucros de 30 bilhões de dólares em derivativos nos anos de 2008-2009. Se aprovado o pacote, Obama vai instar os demais países a também fazer mudanças em suas respectivas legislações.

No Fundo Fictício da Archer Consulting encerramos a semana com uma posição short no delta em 172 lotes equivalente no vencimento outubro/2010. O desempenho da semana foi um ganho de US$ 364.505,12 principalmente pela deterioração do tempo que corrói o valor das opções vendidas. A volatilidade manteve-se inalterada. O resultado acumulado chega a US$ 4.459.435,00, com retorno anualizado de 215,21%. Na segunda-feira vamos zerar o short vendendo mais puts (opções de venda) de preço de exercício 16 centavos de dólar por libra-peso.

Boa semana para todos.

Arnaldo Luiz Corrêa

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