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Café

QUEDA DE UM DIA APAGA GANHO DE CINCO SESSÕES
24/04/2016

O fluxo de investimento em fundos passivos mantém uma crescente alocação de recursos em ativos de risco basicamente buscando exposição em classes de investimento (ações e/ou commodities) e não baseada em fundamentos positivos das empresas listadas ou de matérias-primas individualmente. Por outro lado os gerentes de carteiras que operam ativamente, analisando balanços entre outros fatores para tomar decisões, diminuíram a participação nos mercados nos últimos dezoito meses. O resultado pode ser visto no aumento de posição comprada de fundos, por exemplo, em petróleo, açúcar e café, assim como no rally das ações americanas.

O grande perigo é por ora amenizado pela quantidade de dinheiro injetado nas economias pelos principais bancos centrais do mundo, entretanto já experimentamos um pouco do que as bolsas podem fazer em um momento de pânico como visto nas primeiras seis semanas deste ano.

O Banco Central Europeu em sua reunião na quinta-feira não incrementou compras de títulos e manteve os juros nos mesmos patamares. O presidente Mario Draghi teve de se esforçar para tentar convencer os mercados de que a entidade tem ainda munição a ser gasta, confrontando o desgaste com a Alemanha e até o Reino Unido que estuda deixar a União Européia.

Os índices de commodities tiveram forte alta encerrando a semana próximos das máximas, ainda que o dólar americano tenha valorizado forte na sexta-feira.

O café em Nova Iorque no feriado brasileiro de Tiradentes desmoronou, perdendo força justamente quando o contrato de Julho16 ensaiava romper o nível de US$ 131.95 centavos por libra. Londres também firmava, mas escorregou para fechar virtualmente no preço da semana anterior.

Um volume grande de opções foram negociadas no robusta: um dia de viés negativo (a compra de 3000 lotes da put de julho com preço de exercício de 1500 / ton) e no outro uma proteção de alta (4000 lotes de um call spread no mesmo mês). O clima no Vietnã está ficando mais úmido e os agentes em grande parte dizem que a regularização das precipitações a partir do começo de maio será suficiente para revitalizar as árvores.

No arábica o fluxo no físico melhorou com a bolsa mais firme tirando mais café da mão dos produtores no Brasil e nas origens aonde há café. No spot a movimentação também foi melhor e no FOB um pouco mais tímida. Os diferenciais antes da queda do terminal enfraqueceram, mas nada suficiente para atrair muitos negócios.

Dados de estoques foram divulgados pela Federação Européia de Café apontando um total de 10,440,576 sacas armazenadas em alguns portos na Europa, uma queda de 216.8 mil sacas sobre fevereiro, e um volume mais baixo do que as 10,440,576 sacas estocadas há um ano. No Japão os estoques em março caíram 11,250 sacas para 3,295,217 sacas, ou 334,750 sacas a mais do que as 2,960,467 de março de 2015.

O fechamento do contrato “C” preocupa os altistas, não apenas pela performance negativa nas últimas duas sessões, mas principalmente pela recuperação acentuada do Índice do Dólar.

Se o DXY romper os  96.00 pontos as commodities em geral podem perder o momento positivo e como os fundos no arábica voltaram a ficar um pouco mais comprados a vulnerabilidade aumenta para a queda de NY.

Sazonalmente o café cai de agora até meados de julho, o que não significa que chuvas durante a colheita ou um renovado apetite de compra ainda maior dos fundos em commodities não possam atrapalhar quem opera olhando para esta tendência.

Uma excelente semana e muito bons negócios a todos,

Rodrigo Costa*

*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

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