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Café

TERMINAIS ENFRAQUECEM COM DEMANDA AINDA TÉPIDA
26/11/2016

Os principais índices acionários dos Estados Unidos (Dow Jones, S&P500, Nasdaq e Russel 2000) fizeram novas altas históricas empurrados pelo contínuo apetite dos investidores em aumentar a exposição apostando em investimentos em infraestrutura e crescimento maior do país na “Era Trump”.

Com indicadores econômicos que sinalizam uma economia mais aquecida o dólar americano negociou no mais alto nível em treze anos, mas não foi até sexta-feira que as commodities perderam suporte, justamente quando os volumes negociados foram mais baixos em função do feriado de Ação de Graças na quinta-feira.

Dentre os componentes do CRB o café arábica foi o que pior performou, perdendo 4.63% na semana, seguido pelas baixas de 2.75% do ouro e 1.88% do açúcar demerara. O gás natural, o cobre e a soja lideraram os ganhos com apreciações de 10.89%, 7.63% e 5.71%, respectivamente.

O robusta em Londres também tomou um tombo tendo o contrato de Janeiro de 2017 cedido mais do que o contrato de Março de 2017 após o mercado descontar um pouco da expectativa do Brasil autorizar a importação de conilon para a indústria local.

As chuvas abundantes no “cinturão de café” brasileiro, inclusive no norte do Espírito Santo diminuíram a ansiedade dos agentes mais preocupados com a safra do Brasil, ainda que poucos creiam em uma resposta do conilon capixaba no ciclo de 17/18.

As baixas dos terminais pressionaram os preços das sacas de café no mercado físico e no Brasil notou-se um interesse vendedor dos produtores encontrando pouco interesse de compra, nominalmente derrubando as cotações inclusive do conilon. Coincidência ou não com as notícias de uma eventual aprovação do drawback na verdade parece que o “squeeze” interno passou pelo pico. A proximidade do fim do ano e os agentes tendo aproveitado a subida da bolsa recentemente esvaziam as praças de negociações, antecipando os preparativos do período de festas.

As outras origens vão manter a participação com o aumento do fluxo provocado pelo avanço das colheitas, ambas nas Américas e na Ásia.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, sigla USDA em inglês, começou a divulgar seus relatórios semianuais com previsões de produção de café. Para o Brasil a entidade revisou a safra atual de conilon para 10.5 milhões de sacas, abaixo das 12.1 milhões estimadas anteriormente, e para o arábica aumentou para 45.6 milhões de sacas, ante as 43,85 milhões do primeiro levantamento. Desta forma a colheita encerrada na maior origem ficou em 56.1 milhões de sacas, ou 150 mil sacas a mais das 55.95 milhões esperadas em maio.

O USDA também soltou números para Colômbia, Índia e Indonésia, respectivamente prevendo produções de 14 milhões de sacas, 5.17 milhões de sacas e 8.9 milhões de sacas. Na Colômbia o volume produzido é idêntico do ano anterior, já na Índia a queda é de 630 mil sacas e na Indonésia a safra é 3.2 milhões menor.

O fechamento da semana foi tecnicamente negativo com o gráfico quebrando pontos de suporte importantes, ameaçando uma liquidação maior da posição comprada dos fundos. É importante o Março ficar acima de US$ 155.40 centavos/libra, onde está a média-móvel de 100 dias, caso contrário Nova Iorque pode buscar os US$ 148.60 centavos, outro ponto-chave para não reverter a atual aposta na alta dos preços em baixa. Londres parece longe do suporte mais significativo, o nível de US$ 1978 por tonelada.

A firmeza do dólar americano pode causar novas saídas de recursos das commodities e em dezembro teremos o aumento dos juros americanos, seguido pelo discurso do FED que será escrutinado em busca de dicas das futuras atuações de Janet Yellen e seus delegados. O cenário macroeconômico em janeiro último azedou depois do incremento do custo do dinheiro nos Estados Unidos. Em 2017 teremos também a novidade de Donald Trump na presidência da maior economia do planeta, provocando incertezas principalmente na política externa, potencialmente afetando os mercados emergentes.

Uma ótima semana e bons negócios a todos,

Rodrigo Costa*

*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

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