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Café

BRASIL LIDERA PRODUÇÃO E TECNOLOGIA
28/08/2010

O mercado de café em Nova Iorque teve uma semana agitada, caindo 8% na terça-feira, e subindo 3.5% na quinta-feira e mais 3.5% na sexta-feira. No fim as perdas da semana foram de US$ 8.20 por saca na ICE, US$ 9.24 por saca na LIFFE e de apenas US$ 3.30 por saca na BM&F.

Nada mal para uma semana em que a bolsa incrementou a margem em 60%, o que causaria uma queda ainda mais descontrolada caso o contrato de dezembro tivesse rompido US$ 160.00 centavos por libra – ufa!

Há pouco menos de um mês para o começo da safra colombiana, os diferenciais em nada mudaram para esta origem, e o mesmo acontece para os outros países produtores da América Central. Como os estoques estão virtualmente zerados, a firmeza dos diferenciais é nominal, mas de qualquer forma continua a servir como um argumento para os altistas.

No Brasil a queda do mercado futuro no começo da semana serviu para mostrar que perdas fortes não serão facilmente repassadas para o mercado físico, dado que os produtores têm aproveitado para vender seus cafés a patamares bem acima de R$ 300.00 a saca, estando portanto tranquilos.

Intranquilos estão aqueles que estão vendidos no contrato de setembro da BM&F, e que não tem produto para entregar. Ninguém imaginaria esta situação em um ano-safra como o que estamos vivendo. Curioso notar que aqueles que estão comprados no contrato, não arredam o pé de receber, mesmo tendo a possibilidade de postergar um recebimento de café de qualidade para o contrato de dezembro. Os altistas dizem que não há disponibilidade do café que a contrato da BM&F negocia, porém é difícil acreditar nisto. A não ser que todos os armazéns de café certificados, ou aqueles que poderiam estar preparando cafés para entrega, estejam em total utilização para preparar cafés para exportação, e o(s) recebedor(es), ou aqueles que estão comprados no contrato de setembro, não terão tempo para maquinar café para honrar todos os seus embarques. Será?!

Para quem tem café disponível e conhece da entrega, mesmo que esteja muito altista no mercado, pode ganhar dinheiro fácil vendendo o contrato de setembro, entregando, e comprando o contrato de dezembro – e aguardando para receber de volta o que entregou. Quem fizer isto, pagará US$ 16.00 por saca mais barato para ter praticamente o mesmo café, dado que o que receberá será café novo e de qualidade que está sendo certificado agora. Ainda que a escassez de qualidade em nada melhore, o que de novo não deve ser o caso com a entrada dos suaves a partir do fim do ano, quem vender o setembro/dezembro manterá sua estratégia de médio/longo prazo de segurar cafés melhores em seus inventários, e de quebra ganhará R$ 28.16 por saca. Grande oportunidade para quem está “leve” e pode entregar – aproveite!

No panorama de curto-prazo é ficar atento para estas janelas, tanto no mercado interno como na exportação, para fazer negócios se alavancando o mínimo possível em função da irracionalidade dos mercados futuros.

Em viagem que fiz no Brasil nesta semana, fiquei impressionado em ver o quanto o país tem investido no agronegócio. No café vi expansões de estrutura de armazenagem e processamento que nem uma outra origem no mundo tem igual, e que apenas alguns poucos torradores mais sofisticados mantém em suas fábricas. Os preços altos, que mesmo que alguns creiam não serem tão-altos assim, por enquanto beneficiaram quase que exclusivamente os produtores do Brasil (já que as outras origens quase não tem produtor), o que é essencial pois o país é o único que pode oferecer mais café para a (até agora) ininterrupta e crescente demanda mundial.

Por outro lado o gargalo logístico, desde o transporte do interior, até o embarque nos portos, é algo bastante preocupante… Como parece que o atual governo fará seu sucessor, e o mesmo se gaba de ter criado tudo de bom que o Brasil tem hoje, inclusive o oceano Atlântico, tomara que também cuide da infra-estrutura necessária para um país exportador como o nosso.

Uma ótima semana e muito bons negócios para todos.
Rodrigo Costa*
*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

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