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Açúcar

ENCOLHERAM O MERCADO
24/04/2010

O mercado de açúcar em NY fechou a semana com queda entre 6 e 13 dólares por tonelada. Uma nuvem de desconforto e desânimo estacionou sobre o mercado. Todos parecem acreditar que o açúcar mergulha num poço sem fundo em busca de novas mínimas. A perspectiva de maior safra no Centro Sul e na Índia (que começa em outubro), esta última na casa dos 21-23 milhões de toneladas assusta até o touro mais indócil. Enquanto isso, o mercado interno indiano continua em queda.

O mercado físico de exportação teve melhoras. Mais negócios pipocaram aqui e acolá, embora timidamente. Parece que o mercado está empacado, quando sobe os atrasadinhos (aqueles que deixaram para fixar o maio – ainda! – aos 45 do segundo tempo) aproveitam e entram vendendo; quando cai, aparecem os consumidores tentando aproveitar as baixas e comprar alguma coisa. Vai ser difícil galgar os 18 centavos de dólar por libra-peso de novo. Pelo menos não antes do maio sair da tela, o que ocorre na semana que vem.

E a semana que se inicia pode trazer novas baixas. Várias coisas conspiram para essa tese baixista: uma delas é que a posição em aberto despencou 225.000 lotes (apenas futuros) desde a alta de 1º de fevereiro. Mais de 11 milhões de toneladas equivalentes foram liquidadas, pelas tradings que esperavam preços mais altos e tiveram que vomitar os contratos comprados de volta, seja algumas usinas que próximo dos 22-23 centavos de dólar por libra-peso acharam que seria uma boa oportunidade de (re)compra e meteram o pé na jaca, sejam os fundos que liquidaram suas posições especulativas. O fato é que estamos com a mesma posição em aberto de exatamente um ano atrás, ou seja, encolhemos o mercado.

O caso da Goldman foi apenas mais um acidente de percurso. Situações de desconfiança como essas afastam os investidores e prejudicam as commodities. Some-se a isso o fato de que esse episódio – motivo de investigação pelo SEC (a CVM dos EUA) – dá mais munição para a regulação do mercado capitaneada por Obama. Essa tal regulação pode ser um tiro no pé, pois se afastarmos o especulador dos mercados, quem vai prover a liquidez e tomar o risco que o produtor não pode, não quer e nem deve correr? A fuga do capital especulativo pode deprimir as commodities.

Uma queda no indicador do Consecana nesse inicio de safra pode derrubar o custo de produção e conseqüentemente colocar pressão nos preços em NY. Vários traders apontam os lápis e tentam estimar quanto isso pode afetar os mercados. O custo de produção estimado pela Archer Consulting continua nos 15,53 centavos de dólar por libra-peso FOB Santos. Um Consecana a R$ 0,3200 por quilo de cana pode baixar esse custo para 14,75 centavos de dólar por libra-peso; R$ 0,3000 espelharia 14 centavos de dólar por libra-peso de custo.

Consumidores devem começar a formar seus estoques ou pelo menos ir travando seus preços. Não esqueça que apesar da queda o mercado está no custo e carrego.

No Fundo Fictício, fizemos uma pequena alteração quando o maio/2010 negociou abaixo de 15,75 centavos de dólar por libra-peso. Vendemos apenas 7 lotes para colocar a posição no limite de 1.000 lotes comprados equivalentes no delta, mesmo volume que fechamos a semana. Na semana, graças à queda da volatilidade das opções vendidas, ganhamos US$ 15.556,34 elevando o ganho acumulado para US$ 3.854.415,05, com retorno anualizado de 235,27%.

Boa semana para todos.

Arnaldo Luiz Corrêa

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