fbpx

MENU

MENU

13 3307.5064 | 13 3307.5065

Café

FUNDOS (AINDA) RESILIENTES…
10/07/2010

O FMI revisou sua expectativa do crescimento do PIB mundial de 2010 para 4.6%, ante os 4.2% que estimava anteriormente.

O teste de estresse que a Europa fará para 91 bancos, deixou os investidores um pouco menos receosos – ainda que os críticos digam que estes testes são feitos para que ninguém seja reprovado.

A manutenção de juros para a zona do euro, e uma renovação do apetite ao risco, ajudaram as bolsas de ações a subirem mais de 5% nos Estados Unidos, com as commodities pegando carona na onda mais otimista.

Resta saber quanto tempo durará…

O mercado de café ficou entre as commodities que caíram nesta semana, mas a perda foi de apenas US$ 0.60 por saca em Nova Iorque. Em Londres a queda foi de US$ 2.46 por saca.

O volume negociado tanto na bolsa como no físico foi baixo durante o período, principalmente com a queda forte que vimos na terça-feira, ainda que a recuperação tenha acontecido no dia seguinte de forma relativamente fácil.

A oscilação forte que o mercado teve, e continuará tendo de agora em diante, se deve ao fato da mudança rápida do intervalo de negociação que o contrato “C” sofreu no último mês, saindo de US$ 135.00 centavos para atingir a maior alta dos últimos 12 anos no dia 24 de junho – US$ 176.50 centavos / libra. Curioso notar que o tombo de US$ 6.80 centavos do começo da semana quase não alterou o tamanho da posição comprada dos fundos, que permanecem com próximo de 30 mil contratos comprados (CIT report). Tudo indica que o osso só começará a escorregar da boca destes participantes se o contrato de setembro romper os US$ 155.40 cts, nível que por enquanto permanece intacto.

A CECAFE divulgou as exportações brasileiras de junho, totalizando 2,075,276 sacas, e fechando o ano-safra como sendo o 2º maior volume de exportação da história do país, ou 29,715,802 sacas, atrás apenas de 2008/2009 quando o país exportou 31,489,616 sacas de 60 quilos. Não é nada, não é nada, é bastante, pois o número somado às 18.5 milhões de sacas consumidas no Brasil, apontam para um desaparecimento de 48.2 milhões de sacas, que muitos crêem ter sido o tamanho da safra anterior. São estes na verdade que dizem que a safra atual vai beirar os 60 milhões de sacas. Temos notado porém, que a maior parte dos agentes do mercado estão falando que o café da safra corrente é de fava menor, ou seja tem pouca peneira graúda (17/8), o que impacta a produtividade e logo pode contribuir para uma safra menor. Os entendidos dizem que safras grandes normalmente são mais miúdas em função do pé de café ter mais frutos para “alimentar”.

No pico da entressafra dos cafés suaves, os caros diferenciais baratearam levemente, mas muito pouco frente aos níveis que têm se mantido há bastante tempo. Os torradores que já tinham adotado a estratégia provisório-definitiva de comprar da mão para boca, em nada alteraram seu comportamento, portanto aguardam uma maior disponibilidade de Brasil – que parece já ter colhido quase 50% da safra corrente – e o começo da safra dos países da América Central que ainda tem quase 3 meses para começar.

Os cafés mais baratos do momento, os certificados da ICE, continuam a ser utilizados e nossa expectativa é que até o fim do ano o número esteja entre 1.5 e 1.7 milhões de sacas. Por outro lado a estrutura do mercado enfraqueceu levemente, mas ainda assim a curva de preços está basicamente plana (flat).

Os altistas apostam em novas altas no curto-prazo, argumentando os diferenciais ainda altos, e o atraso de fixação dos torradores. Os baixistas crêem que os torradores não conseguirão dar suporte aos preços com fundos liquidando parte de sua posição comprada, o que parece próximo de acontecer já que eles não têm feito novas compras.

A volatilidade implícita tomou um tombo de 5% nesta semana, e o número de puts (opções de venda) em aberto aumentou bastante, chegando próximo ao número de calls (opções de compra) em aberto. Parece que está aumentando a aposta de que uma baixa está por acontecer.

Apesar do ambiente macro ter melhorado um pouco, é bom lembrar que o café já teve uma correção forte recentemente, o que pode deixá-lo menos “sensível” ao renovado otimismo momentâneo.

Novas compras de fundos podem aparecer caso Nova Iorque quebre os US$ 170.00 centavos, enquanto ordens de limitação de perdas (stops) devem estar abaixo de US$ 155.40 . As origens que agora estão mais “folgadas”com seu fluxo de caixa vão aproveitar para vender caso o mercado volte a subir.

Continuamos achando que o mercado pode ter uma forte queda, portanto cremos que valha comprar uma estratégia ou proteção de baixa.

Uma ótima semana e muito bons negócios para todos.
Rodrigo Costa*
*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

Receba comentários semanais do mercado







Saiba mais sobre nossos cursos in company

Confira valores, disponibilidade e datas.

Estou interessado

Café

RUMO AOS 330 C/LB?

20/04/2024

ler mais

Açúcar

NAVEGANDO EM MARES REVOLTOS

19/04/2024

ler mais

Café

E AGORA “JOSÉ”?

13/04/2024

ler mais

Receba comentários semanais do mercado