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Açúcar

TEM PRA TODO MUNDO
07/08/2010

O mercado de açúcar em NY fechou a semana com baixa generalizada, liderada pelo mês de vencimento mais curto, o outubro/2010, que amargou (sem trocadilho) uma queda de 29 dólares por tonelada na semana, pondo fim à doçura temporária dos preços desde que as chuvas e a fila de navios no porto de Santos contribuiram para elevar as cotações no mercado internacional.

Quem aproveitou a subida repentina de preços deve estar rindo à toa. Talvez ainda haja espaço para novas altas antes do final do ano, especialmente quando o quadro fundamentalista ficar mais claro.

Clima seco e chuva abaixo do normal permitiram que a safra avançasse. O rendimento agrícola pode ser afetado se as condiçoes atuais forem mantidas levando a um final de safra antecipada e um período maior de entressafra.

A segunda estimativa da safra 2010/2011 feita pela Archer Consulting, obtida por modelo matemático que leva mais de 15 parâmetros, é de 578,81 milhões de toneladas (contra 588,05 da primeira estimativa, queda de 1,57%), divididas entre 32,889 milhões de toneladas de açúcar (contra 33,016 da primeira estimativa, queda de 0,38%) e 26,883 bilhões de litros de etanol (contra 27,003 da anterior, queda de 0,44%).

O mercado físico se surpreendeu com a possibilidade de exportação por parte de India visível recentemente em leilão de compra no Paquistão cuja quantidade ofertada superou em 150.000 toneladas o volume que aquele país queria comprar (320.000). Entre os vendedores, a Índia oferecendo 100.000 toneladas. Quando essa notícia atingiu o mercado, os especuladores saíram correndo e NY começou a derreter. Agora fala-se em wash-outs (cancelamento de contratos comercais) por parte da China para desespero dos altistas, compensando com as notícias de quebra de safra da Rússia. Tem notícia pra todos os gostos.

Michael McDougall, da Newedge, citando nosso comentário da última semana sobre a necessidade de um aumento na produção de cana para 730 milhões de toneladas, argumenta que “a demanda de etanol não é inelástica e será impactada pelo seu preço relativo ao da gasolina, portanto não pode ser tratada como um dado conhecido. Se não houver crescimento, então o aumento no preço do etanol pode deixar o mercado com estoques caros. O governo pode financiar os estoques, mas o que eles teriam que contemplar seria um aumento no preço da gasolina para aquecer a demanda”. Acho que no fundo, a situação é uma mistura de se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. A questão que precisa ser debatida é se o mercado tem condições de suprir/substituir o consumo de etanol pelo de gasolina na mesma proporção. A resposta é não.

Um trader, que preferiu não se identificar, estima que na melhor das hipóteses (cenário otimista) teremos 3,8 bilhões de litros de etanol como estoque de pessagem em 31 de março de 2011. O cenário pessimista põe o estoque de passagem para 5,1 bilhões de litros. Em dias, é equivalente a 60 e 80 dias de consumo. Talvez seja por isso que tem tanto vendedor de etanol na BM&F Bovespa sem conseguir concretizar negócios. A posição em aberto na BM&F Bovespa chega a 1.618 lotes, concentrados no vencimento janeiro de 2011.

Alguns traders do Brasil e lá de fora não veem o mercado de maneira tão construtiva. Gente de peso e tradição acredita que com a entrada da safra indiana, o superávit mundial na 2010/2011 e a acomodação dos problemas logísticos no Centro-Sul vão fazer com que a demanda arrefeça e os preços comecem a cair no começo do último trimestre desse ano. Opiniões diferentes fazem o mercado. Acredito que qualquer tentativa do mercado buscar os 15-16 centavos de dólar por libra-peso deve se constituir em excelente oportunidade de compra.

No Fundo Fictício da Archer Consulting, conforme anunciado, rolamos as 4701 puts (opções de venda) vendidas no preço de exercício de 16 centavos de dólar por libra-peso para o preço de exercício de 17 centavos de dólar por libra-peso. Pagamos 22 pontos na de 16 e coletamos 48 pontos na de 17. Fechamos a semana com uma posição comprada equivalente no delta de 487 lotes, ganhando US$ 993.793,31 na semana, colocando nosso acumulado em US$ 5.434.535,85, com ganho anualizado de 221,67% nos 582 dias de existência do Fundo.

Boa semana para todos os leitores!

Arnaldo Luiz Corrêa

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