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Açúcar

VISÕES DE CONFLITO
11/12/2010

O mercado de açúcar em NY fechou a semana com visões conflitantes. Nos fechamentos que refletem a safra 2011/2012 no Brasil, a queda dos preços em relação a semana anterior foi entre 5 e 9 dólares por tonelada, com o vencimento março registrando 29,13 centavos de dólar por libra-peso ao som da campainha. Para os vencimentos da 2012/2013 os preços apreciaram até 7 dólares por tonelada na semana. Terá sido esse comportamento devido à percepção de que efetivamente teremos um problema não apenas na safra 2011/2012 (refletido na inversão da curva), mas também na 2012/2013?

Os prêmios no mercado físico para embarque de janeiro até setembro continuam firmes. Isso ocorre porque os preços negociados nos mercados consumidores (destinos finais) estão acima do mercado internacional e isso se reflete com os prêmios no FOB. No mais, a semana ficou devendo em termos de emoção. Muita gente zerando os livros para passar os feriados de final de ano sem preocupação.

Em concorrido seminário promovido pela BM&F Bovespa, discorrendo sobre as oportunidades no agronegócio brasileiro, o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, lembrou que – especificamente no mercado sucroalcooleiro – temos a entrada de centenas de milhares de pessoas na Ásia demandando alimentos (consumindo açúcar), uma crescente demanda de biocombustíveis e igualmente promissor investimento tecnológico da indústria química que vão empurrar a curva potencial de consumo desses produtos a níveis que justificam a atenção que os investidores têm dado ao setor.

O ponto que cabe a todos observar é que independentemente da cor do cenário que queiramos pintar para o setor, dificilmente conseguimos achar um “se” que aponte para a redução de demanda ou preços negociados inferiores ao custo de produção. Um cenário com real valorizado (como agora) empurra o custo de produção de açúcar no Brasil para 17,30 centavos de dólar por libra-peso FOB Santos, sem custo financeiro, ou quase 20 centavos de dólar por libra-peso FOB Santos se levarmos em conta o custo financeiro. Por outro lado, um cenário com real se enfraquecendo (digamos R$ 2,00) faz o custo de produção despencar para 14 centavos de dólar por libra-peso, sem custo financeiro e faz com que a importação de petróleo fique mais cara forçando a equalização de preços.

Os spreads para o próximo ano estão pela hora da morte. Se pegarmos o spread março 2011/maio 2011 ele está em 273 pontos. Isto quer dizer que março negocia a um prêmio de 60 dólares por tonelada sobre o vencimento maio/2011, para um período de 60 dias, ou seja, 1 dólares por tonelada por dia. Uma empresa que precise rolar sua entrega de março para maio – e parece que esse problema existe em profusão – vai faturar 60 dólares por tonelada a menos, vai ter que prospectar novos fornecedores ou ficar com o rabinho ente as pernas.

A BM&F Bovespa comemora o fato de o volume de contratos em abertos no etanol chega a 3.800 lotes e 770 lotes de opções.

No fundo fictício da Archer Consulting, a volatilidade das opções derreteu quase 5% e em função disso, ganhamos na semana US$ 1.948.926,06 elevando o nosso ganho acumulado em US$ 4.059.847,74, com retorno médio anualizado de 130,54%. Nossa posição no delta está próximo de zero, com apenas 2 lotes equivalentes no delta.

Bom final de semana a todos.

Arnaldo Luiz Corrêa

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