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Café

FUNDOS COMPRAM E ATRAEM ORIGENS
15/05/2016

Os três principais índices acionários americanos cederam nos últimos cinco dias pressionados por resultados de empresas importantes em medir o comportamento do consumidor e também respondendo aos indicadores de vendas no varejo que foram melhores do que o esperado no mês de abril.

O índice do dólar pulou na sexta-feira com o reposicionamento de carteiras de investimento que, com os dados mais fortes da atividade econômica nos Estados Unidos, voltam a precificar um ajuste do custo do dinheiro no país.

As commodities não sentiram a pressão negativa por conta da firmeza do petróleo, cujos estoques americanos caíram (na semana anterior), e com a menor produção canadense em função de um acidente em um de seus campos de extração.

O café foi outro produto que performou positivamente, recuperando quedas pontuais em alguns momentos durante duas sessões na semana e absorvendo um maior interesse de venda das origens.

O arábica liderou a valorização depois da solidez do robusta, com o contrato “C” voltado a negociar acima de US$ 130.00 centavos por libra. O movimento atraiu cobertura de parte da posição vendida dos fundos e uma participação dos produtores mais acentuada no fim da semana, quando o Real Brasileiro e o Peso Colombiano desvalorizaram.

Quem estava baixista para a bolsa e altista para os diferenciais teve de marcar perdas em suas planilhas, muito embora a oportunidade de venda do terminal não está sendo desperdiçada, como consta no último relatório de posicionamento dos comitentes – o COT.

Divulgado na sexta-feira o report mostrou que da mesma forma que os fundos foram os vendedores para os comerciais (indústrias e importadores) há uma semana a vez agora foi dos fundos entrarem comprando o mercado e ajudar os produtores a negociar/fixar seus cafés. Ou seja, as duas últimas semanas serviram para exemplificar a importância destes participantes nos mercados futuros.

Os fundos compraram 9,242 lotes entre os dias 3 e 10 de maio e Nova Iorque subiu US$ 9,50 centavos por libra – ou basicamente 1,000 lotes de compra para cada US$ 1,00 centavo de alta. Me parece que uma continuação do movimento de alta vai precisar de um volume grande de compra dos fundos a partir de agora, dado o interesse de venda mais agressivo a partir dos atuais níveis de preços – a análise também vale para o contrato de Londres.

As exportações brasileiras de café no mês de Abril finalmente caíram para baixo de 2.5 milhões de sacas. Segundo a CECAFE o país embarcou 2,406,168 sacas, número que tira o presente ano-safra da liderança em exportações. No Vietnã as exportações em Abril totalizaram 3.1 milhões de sacas e provavelmente devem manter um ritmo alto nos próximos meses.

O fluxo no mercado físico melhorou nas três principais origens produtoras enfraquecendo os diferenciais de reposição e permitindo alguns novos negócios no FOB. O andamento da colheita no Brasil, a disponibilidade da safrinha colombiana e os estoques vietnamitas devem contribuir para um fluxo ainda maior caso o terminal consiga segurar a recente valorização.

Tecnicamente o contrato “C” precisa segurar acima de US$ 126.60 para não perder o momentum, caso contrário vai voltar a testar os US$ 120.00 centavos. A primeira resistência está em US$ 131.20, seguida por US$ 134.90 e finalmente a alta do dia 23 de março, US$ 138.20.

O comportamento do índice do dólar, assim como do Real Brasileiro e do Peso Colombiano serão importantes termômetros. O primeiro está forte e pode gerar uma liquidação geral das commodities que se beneficiaram do enfraquecimento recente, sobre os dois últimos já comentei acima.

Claro que o clima sempre é o coringa dos altistas, seja um frio intenso chegando aos cafezais brasileiros, chuvas que prejudiquem a qualidade do arábica ou um estancamento de precipitações nas regiões produtoras do Vietnã.

Os produtores mais uma vez estão de parabéns em não deixar escapar a chance de negociar seus cafés nos movimentos positivos do terminal.

Uma excelente semana e muito bons negócios a todos,

Rodrigo Costa*

*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

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