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Café

DEMANDA CRESCENTE E NÚMEROS DE PRODUÇÃO EM XEQUE
12/01/2014

A taxa de desemprego americana caiu para 6.7% no mês de dezembro, mas a queda foi em função da diminuição do número de pessoas procurando trabalho e não de um aumento na criação de postos. O nível da população economicamente ativa em busca de um emprego está no pior patamar desde 1978 nos Estados Unidos, 62.8%.

O dado econômico divulgado na sexta-feira provocou o enfraquecimento do dólar americano, e principalmente uma recuperação das ações dos mercados emergentes, com os agentes se questionando sobre as apostas do encerramento da compra de títulos pelo FED até o final de 2014.

Os principais índices das commodities caíram nos últimos cinco dias, entretanto individualmente o café foi a matéria-prima que teve a segunda melhor performance (atrás do suco de laranja), com ganhos de US$ 5.69 por saca em Nova Iorque e US$ 6.78 por saca em Londres.

Como tem acontecido recentemente, as movimentações diárias tem sido em intervalos mais largos, provocando uma interessante discussão entre os participantes sobre a sustentação das altas recentes.

O noticiário tem sido rico para os jornalistas com a divulgação de estimativas de safras privadas e públicas que oscilam em nada menos do que 10 milhões de sacas, o que faz a diferença entre termos um ano de superávit ou déficit no balanço mundial.

Entre os privados, a Volcafé cortou sua estimativa da safra brasileira 2014/2015 de 60 milhões de sacas, para 51 milhões de sacas, apontando que esquelatamentos e recepas foram maiores do que nos anos anteriores. Na sequência a EISA (braço brasileiro da trading ECOM) disse que mantém sua expectativa de no mínimo 60 milhões de sacas para o ciclo. Coincidindo datas, o segundo maior exportador brasileiro, Terra Forte, disse que o “gigante está cansado”, e que a produção deve ser ao redor de 54 milhões de sacas, dado um firmamento menor das floradas e “exaustão” dos cafezais depois de tantas safras grandes. Finalizando CONAB e IBGE soltaram seus números, 48.34 milhões de sacas e 49.2 milhões de sacas respectivamente, números distantes da maioria, principalmente pela perspectiva menor da safra de conillon.

Acho salutar para o mercado ter acesso a tantas estatísticas diferentes, e nos mostrar que os operadores de futuros e opções permanecem baixistas, mesmo com uma mudança na perspectiva da oferta mundial. Digo isto, pois no “pit-virtual” de opções o que vimos foi uma maioria comprando proteção de baixa, assim como o “commitments of traders” apontou que os fundos basicamente recompraram parte de suas posições vendidas.

É inegável o argumento que há muito café que ainda precisa ser desovado e vendido, com os estoques nas origens maiores do que nos últimos anos. Por outro lado a capacidade dos produtores vietnamitas em reter suas vendas, e dos brasileiros em acessar financiamentos, podem fazer com que a bolsa suba um pouco mais antes de voltar a cair. Sem falar que sou cada vez mais crente que mudamos de patamar de negociação, saindo dos 100/120 centavos para 115/140 centavos por libra.

A demanda mundial continua crescendo, sustentada por ganhos maiores na região asiática, como confirmou a Volcafé em seu comentário da semana, mas também sendo significativamente maior na madura região norte-americana, como confirmados pelos dados de importações dos Estados Unidos e Canadá.

Por mais que tenhamos outro ano de produção maior do que consumo (será?), não há uma folga tão grande para perdas climáticas, e se a safra brasileira que seria de um ciclo de alta for mais baixa do que a atual, com os preços em patamares menos remuneradores, provavelmente veremos uma safra de 15/16 com potenciais ainda mais baixos.

A meu ver, o “C” só não subiu mais na semana por causa da desvalorização da moeda brasileira na quinta-feira, dia que o real “bateu” os 2.4038.

Os fundos de índice ainda têm mais dois dias de compras, segunda e terça-feira, e a figura técnica promete um incremento de volatilidade, principalmente se rompermos os 125.95.

Muitos participantes têm vendido calls (opções de compra) para financiar proteções de baixa, e ninguém deve esquecer que os fundos não apenas podem recomprar ainda mais suas posições vendidas, como também decidirem ficar mais comprados (long).

Aos produtores vale a dica de continuarem aproveitando para vender seus cafés em escala de alta.

Uma boa semana e muito bons negócios a todos.
Rodrigo Costa*
*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

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