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Café

EM RITMO DE FÉRIAS, MAS DUAS SEMANAS PERIGOSAS
21/12/2014

O rublo russo sofreu sua maior desvalorização na história, perdendo 19% durante uma sessão, mesmo após as taxas de juros na Rússia terem saltado de 11.50% para 17% na tentativa do banco central local em evitar uma fuga ainda maior de capital do país. Com um prognóstico de queda no PIB de 4.5% no próximo ano, caso o barril do petróleo fique em média a US$ 60.00, o risco de contágio para os mercados emergentes fez com que os investidores corressem para o dólar, provocando inclusive a queda do real para 2.76 na terça-feira.

O FOMC (similar ao COPOM brasileiro) em seu jogo de palavras pediu paciência ao mercado quanto a mudança da taxa de juros americanos, e na sequência a presidente do FED deu sinais que os analistas eventualmente possam não estar prevendo corretamente o aumento dos juros no segundo trimestre de 2015. As bolsas, em função disto, subiram bem na quarta e quinta-feira, com um comportamento das compras de ações parecido com o ritmo frenético das compras de presentes para o natal.

As commodities não atraíram o mesmo interesse, tendo os três principais índices caído, com destaque das perdas de 6.86% do gás natural, de 5.17% do níquel, e de mais de 3% do suco de laranja e da prata.

O café em Nova Iorque esboçava uma reação até a divulgação da safra brasileira por uma trading Suíça apontando para uma produção em 2015/2016 de 49.5 milhões de sacas, maior do que a safra corrente de 47 milhões de sacas. Respeitada como é, e levando-se em conta que a mesma teve um papel importante durante o ano por ter cortado bastante o seu número da colheita de 14/15, o número previsto esvazia ainda mais a sala dos que falam em uma safra abaixo de 45 milhões de sacas, ajudando a firmar a percepção de que o pior dos cenários não deve acontecer.

O USDA soltou seus dados de S&D (oferta e procura) como faz em junho e dezembro todos os anos, mas não com previsões para o próximo ciclo, e sim o corrente que terá um superávit pequeno mundialmente, com a produção de 149.8 milhões de sacas e o consumo de 147,63 milhões de sacas.

Apesar das notícias baixistas o arábica na ICE, que fez nova mínima desde julho último, fechou a semana com ganhos de US$ 0.93 por saca, negociando baixos volumes na bolsa e encontrando interesses de compras no terminal que proveram suporte. O robusta não teve a mesma sorte e encerrou com perdas de US$ 2.88 por saca.

Houve novidades que momentaneamente socorrem os preços, como a queda dos estoques americanos em novembro de 307,289 sacas, totalizando agora 5,694,154 sacas, e a confirmação de exportações menores entre os produtores da América Central, Colômbia, Perú e República Dominicana. Em novembro este grupo de países exportou 1,805 milhões de sacas, comparados com os 1,852 milhões de sacas de um ano atrás.

Os diferenciais em geral firmaram já que o contrato “C” não contribui com quem quer comprar diferenciais mais baratos e com os produtores que gostariam de vender mais alto. As moedas dos países produtores em sua maioria se mantêm fracas, mas o ano praticamente acabou com as duas próximas semanas sendo curtas e provavelmente com sessões esvaziadas dos terminais.

No “pit” de opções a negociação de opções de compra (calls) foi alta, inclusive com o aumento da volatilidade implícita, que estava barata em geral. Os participantes estão demonstrando que já não acreditam que os preços ficarão onde estão agora. Dada a mudança de percepção, a firmeza do dólar e a posição dos fundos (índices e de hedge) eu creio que uma puxada forte dos futuros vai encontrar mais vendas a partir de janeiro, portanto os altistas devem aproveitar este fim de ano para defenderem suas apostas. Em outras palavras, me parece uma boa oportunidade vender o mercado acima de 180 centavos por libra-peso.

O COT (relatório de posição dos participantes) trouxe os fundos um pouco menos comprados com a liquidação de 1,706 lotes, e os comerciais comprando 985 lotes, sinal de fato que muitos já estão em ritmo de férias. Com muitos distantes das cotações, há sempre o perigo de movimentos mais bruscos do terminal com baixo volume de contratos.

Gostaria de agradecer os leitores, colaboradores e amigos pelo apoio e respeito de sempre, aproveitando para desejar um Natal de paz e tranquilidade e um 2015 com muita saúde.

Voltarei a escrever no final de semana do dia 7 de fevereiro.

Rodrigo Costa*
*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

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